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Entrevista ao Prof. Carlos Cotrim Médico Cardiologista no Hospital da Cruz Vermelha

Entrevista ao Prof. Carlos Cotrim Médico Cardiologista no Hospital da Cruz Vermelha no âmbito da 1ª Reunião de ecocardiografia de sobrecarga, que se realizará dia 30 de março.

1. Como se diferencia a técnica de uma ecocardiografia de esforço de um exame ecocardiográfico tradicional?

A ecocardiografia de esforço é uma forma de ecocardiografia na qual é efetuado ecocardiograma em repouso e depois do esforço (avaliando as consequências do esforço no funcionamento do coração). No Heart Center do Hospital da Cruz Vermelha efetuamos também ecocardiograma durante o esforço o que permite otimizar a quantidade e qualidade da informação obtida.

2. Quais as patologias que a ecocardiografia de esforço permite detectar?

A ecocardiografia de esforço permite detetar doença coronária com maior sensibilidade e especificidade do que a prova de esforço simples. Além disso tem a enorme vantagem quando comparada com a Cintigrafia, com o AngioTAC coronário e com a Ressonância de não utilizar radiação nem contraste. Permite, entre muitas outras situações, também avaliar a gravidade de doenças já conhecidas, não só doença coronária, mas também das doenças valvulares, da hipertensão Pulmonar e a avaliação de atletas com sintomas para pesquisa de gradientes intraventriculares patológicos como causa desses sintomas.

3. Qual o impacto que esta técnica tem para o tratamento dos doentes?

Tem um grande impacto no sentido em que nos permite fazer o diagnóstico e avaliar a gravidade das doenças sem uso de radiação e obviamente um melhor diagnóstico tem como consequência um melhor tratamento.

4. Qual a relação custo-benefício desta técnica em relação à convencional?

De entre os vários métodos diagnósticos que já citei, Eco de esforço, Cintigrafia de perfusão miocárdica, AngioTAC e Ressonancia Magnética o Eco de esforço é o mais barato, mas a maior vantagem (tendo em atenção que permite aceder a informação pelo menos equivamente aos outros exames) é não utilizar radiação nem contraste. Para além disso é também o exame mais rápido (no máximo demora meia hora).

5. Que nos trará o futuro em termos da evolução das técnicas diagnósticas e terapêuticas em cardiologia?

Como principal avanço, que penso devo sublinhar, saliento a realização automática de muitas tarefas por parte dos equipamentos e a aprendizagem, pelos profissionais, de tarefas em simuladores. Sugiro, no entanto, que nos mantenhamos atentos sempre nesse novo mundo que se aproxima, pois, a realidade clínica é rica em imprevistos que vão sempre beneficiar de uma mente humana atenta e capaz de decidir.

By | 2019-02-27T17:47:53+01:00 Março 30th, 2019|Categories: ENTREVISTAS|Comentários fechados em Entrevista ao Prof. Carlos Cotrim Médico Cardiologista no Hospital da Cruz Vermelha

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