“A reabilitação respiratória tem como principal objetivo restaurar a capacidade funcional do doente respiratório crónico, habilitando-o para a realização de esforços físicos e capacitando-o para uma vida ativa em sociedade. Inclui um conjunto de medidas que passam pela educação para a saúde e terminam no treino de esforço sob prescrição médica e vigilância por profissional de saúde qualificado de forma a garantir segurança e eficácia desta intervenção”, explicam Inês Sanches e Luís Vaz Rodrigues, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
Apesar dos benefícios já amplamente reconhecidos, “62% destes doentes nunca ouviram falar de reabilitação respiratória” referem os médicos pneumologistas. Para além de contribuir eficazmente para um aumento da força muscular e da capacidade de realização de exercício físico, a reabilitação respiratória melhora, comprovadamente, os sintomas da doença respiratória e a qualidade de vida do doente respiratório crónico, aumentando a seu nível global de energia.
“A intervenção farmacológica atua sobretudo no controlo dos sintomas respiratórios mas, para alguns doentes, pode ser insuficiente para recuperar a sua capacidade funcional (desempenho físico-motor e realização de esforços físicos)” acrescentam Inês Sanches e Luís Vaz Rodrigues reforçando, com esta mensagem, a importância de inverter estes números e tornar a reabilitação respiratória “uma realidade para todos os doentes respiratórios crónicos”.