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Concertação de países Africanos para estratégia de rastreabilidade farmacêutica

Aumentar a segurança dos pacientes e atenuar o risco de entrada de medicamentos falsos no continente africano”, é uma das resoluções apresentadas na “Conferência Africana de Saúde”, organizada pela GS1 – organização líder na criação de standards para a cadeia de valor global, que teve lugar em Lagos, na Nigéria. As autoridades reguladoras africanas para a área da saúde assinaram uma “Call to Action” com o intuito de criar uma “Estratégia Africana para a Rastreabilidade Farmacêutica”. Neste encontro, declararam o apoio e compromisso de adotar medidas que melhorem a disponibilidade de medicamentos de qualidade e garantam uma maior visibilidade dos produtos ao longo da cadeia de valor, de forma a melhorar os cuidados de saúde dos pacientes.

Neste “Call to Action”, os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) também manifestaram a preocupação de garantir as boas práticas e a segurança na área da saúde. A GS1 Portugal – Codipor é a entidade que gera códigos e standards globais nestes países, onde já conta com 97 associados, em países como Angola, Cabo Verde, Moçambique, República da Guiné e São Tomé e Príncipe.   

Como responsável pela atribuição e gestão de standards de rastreabilidade nos PALOP em África, a GS1 Portugal acredita que foi dado um passo importante para uma estratégia global e concertada que trará mais-valias para o setor da saúde e população em geral naquele continente: “A adoção dos padrões globais para a rastreabilidade farmacêutica vai trazer visibilidade à partilha de dados sobre os produtos de saúde ao longo de toda a cadeia de valor e, deste modo, garantir a segurança e qualidade dos medicamentos. A par da adoção de standards globais, é importante haver uma interoperabilidade dos sistemas de informação, para uma eficiente resposta ao longo de todo o continente africano”, sublinha João de Castro Guimarães, Diretor Executivo da GS1 Portugal – Codipor.

Para Marco Arraya, Diretor-Geral da G-Medical, sedeada em Luanda, Angola, a rastreabilidade dos medicamentos é fundamental para o setor: “Num continente onde a contrafação é um dos maiores e mais lucrativos crimes no sistema de saúde, registamos com agrado a rastreabilidade dos medicamentos por ser uma ferramenta essencial no controlo dos diversos atores existentes”, sublinha.

Neste âmbito, Tiago Seguro, Presidente da Divisão Farmacêutica da GROQUIFAR, refere que aquela entidade se congratula também com a “deliberação adotada relativa à “Estratégia Africana para a rastreabilidade farmacêutica” com o objetivo de evitar a entrada de medicamentos falsificados no circuito de abastecimento legal. Assegurar a rastreabilidade do medicamento ao longo de todo o circuito é uma garantia fundamental para o cidadão africano, garantindo a segurança, a eficácia e a integridade dos fármacos desde o fabrico até à sua utilização final.  São enormes os benefícios para a saúde, qualidade de vida e longevidade dos cidadãos e, dessa forma, para a sustentabilidade social e económica do povo Africano. É por isso uma ferramenta essencial para o fortalecimento da cadeia de abastecimento legal e para, assim, cumprir o objetivo maior de proteção dos doentes e da saúde pública. A Groquifar apoia e congratula a iniciativa e encontramo-nos ao dispor para auxiliar a GS1 nesta ação.”

A “Conferência Africana de Saúde da GS1” que teve lugar na Nigéria, contou com a coordenação da Iniciativa Africana de Harmonização da Regulamentação de Medicamentos (AMRH) e da Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (NEPAD), bem como de representantes de comunidades económicas nacionais e regionais (CERs) de todo o continente africano.

Photo by Stephen Foster on Unsplash

By | 2019-11-18T23:43:41+01:00 Novembro 1st, 2019|Categories: NOTÍCIAS, Sin categoría|Comentários fechados em Concertação de países Africanos para estratégia de rastreabilidade farmacêutica

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