A Organização Mundial de Saúde (OMS) distinguiu os cuidados adotados pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), durante o período de pandemia da COVID-19, como um exemplo na Europa. A associação deixa ainda o alerta: este desafio está longe de terminar e é preciso uma estratégia global com orientações claras e reforço de serviços de saúde.
Reorganização de todos os compromissos agendados para teleconsulta, por telefone ou videoconferência, acesso remoto a todos os médicos e enfermeiros a equipamentos eletrónicos e outros recursos para trabalhar em casa, contacto diário com doentes com antecedência para análise das preferências da teleconsulta, utilização de dispositivos móveis para partilha de informação em casos que os doentes não conseguiam ter acesso ou conhecimento via e-mail e criação da linha de apoio Diabetes (213816161). Estas foram algumas das medidas que a APDP implementou durante o período da COVID-19 e que agora, com as devidas precauções, voltam ao novo normal.
“Este reconhecimento internacional destaca o papel e a colaboração da sociedade civil para enfrentar os desafios imprevistos na saúde. É a prova de que deve existir uma responsabilidade partilhada na proteção e assistência às populações mais vulneráveis” menciona José Manuel Boavida, presidente da APDP.
José Manuel Boavida destaca que “os profissionais que fazem parte da APDP reforçaram o seu compromisso durante este período e mantiveram sempre presente que a diabetes não podia passar para segundo plano. E, apesar das barreiras que enfrentaram na implementação de novos modelos de ação, ajustaram-se às circunstâncias pelas exigências de uma doença tão complexa”.
A associação deixa ainda o alerta de que “o desafio de adaptar a prestação de cuidados com a pandemia da COVID-19 está longe de terminar. Existe uma preocupação com os efeitos da restrição de movimento e consultas em atraso, especialmente com as complicações não diagnosticadas.” conclui João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.
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