Em 29 de Março passado escrevi este artigo no LinkedIn onde mencionei um outro artigo escrito por Tomas Pueyo com a ajuda de vários colegas e que se tornou viral.
Com grande lucidez este engenheiro de Stanford identificou claramente o que se iria passar a partir do fim do confinamento, aquilo a que designou como o “Martelo e a Dança” e que consiste, basicamente, em manter a taxa de infecção do COVID-19 dentro dos limites de saturação das UCI nos hospitais, no limite impondo novos confinamentos.
E este efeito de ‘dança’ não é novo, já na última pandemia em 1918 ocorreram diferentes padrões de sucessão de surtos e mortes associadas segundo as medidas que foram tomadas (ou não) em cada região.
Qualquer coincidência com o que está a acontecer agora por esta Europa fora e em todo o mundo, não é uma pura coincidência.
Como é que vamos poder sair desta?
A triste realidade é que não iremos. O COVID19 instalou-se com sucesso no conjunto da nossa espécie que lhe oferece uma impecável cobertura geográfica e, por esse motivo, amplas possibilidades de mutação. Nem mesmo a vacina mais eficaz poderá garantir a imunidade de toda a população e irão continuar a morrer pessoas infectadas por este corona-virus tal como morrem por outras doenças.
Então e os brutais impactos económicos que foram criados, como podem ser evitados ou mitigados? Para a resposta a esta questão recomendo vivamente a leitura deste artigo do Gerard de Bourbon, um dos oradores convidados do Health Data Forum, e que resumo essencialmente nesta frase
Investimentos em estratégias e empreendimentos que protegem a saúde das pessoas permitirão uma mais rápida recuperação da economia; não realizar estes investimentos significará mais surtos, mais vidas perdidas e um prolongado sofrimento económico.
Gerard de Bourbon, Solving the Covid-19 Economic Conundrum by Investing in Smart Healthcare
Na sequência da cimeira virtual Health Data Forum em maio passado, foram realizados uma série de eventos “Afterburner” – a designação dada a este ciclo de eventos – com a presença de membros de Governos Regionais, autarcas e vários gestores de topo convidados, com o objetivo de fomentar a partilha de experiências do impacto COVID19 nas suas regiões e a importância dos dados em saúde para poder tomar as medidas mais adequadas nesta ‘dança após o martelo’.
Late Summer Virtual Campus
Nos próximos dias 16 a 18 de Setembro, terá lugar mais um evento na esteira do Health Data Forum e em preparação da Cimeira Presencial nos próximos dias 28 a 30 de Outubro.
Trata-se de criar um espaço de partilha de conteúdos incluindo: Palestras, Workshops com o método do estudo de caso e trabalho em grupo para partilha de experiências e aprendizagem entre pares.
Até lá, resta-me desejar a todos os nossos estimados leitores, votos de um bom mês de agosto e em segurança.