As farmácias comunitárias vão vacinar contra a gripe, em todo o país, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O programa “Vacinação SNS Local” é o nome de um novo serviço farmacêutico de proximidade, prestado por 10 mil profissionais, em 2.750 farmácias.
Os utentes maiores de 65 anos têm direito a vacinar-se gratuitamente numa farmácia da sua preferência, desde dia 19 de outubro, à semelhança do que acontece nos centros de saúde.
As farmácias aceitaram o desafio do Ministério da Saúde de vacinarem contra a gripe, e sem custos para o utente, pelo menos 150 mil pessoas maiores de 65 anos, replicando um projeto-piloto que decorreu em Loures, nos últimos dois anos.
A operacionalização será feita em regime de parceria com as Câmaras Municipais que contribuirão para o suporte desta iniciativa, o que deverá fazer subir o número de beneficiários para além deste primeiro contingente. O fundo de emergência. Abem: COVID.19, da Associação Dignitude, facilitará a gestão de beneficiários, município a município, assim como o acesso à vacina por parte dos cidadãos mais carenciados.
«Contamos com a contribuição das câmaras municipais, das empresas e das instituições de solidariedade, a fim de assegurar o acesso à vacinação ao maior número possível de cidadãos de grupos risco nas farmácias próximas da sua residência, com mais comodidade e total segurança», apela Maria de Belém Roseira, embaixadora da Associação Dignitude. «Está demonstrado em todo o mundo que o aproveitamento da rede de farmácias permite aumentar a imunização da população», declara a ex-ministra da Saúde.
O programa “Vacinação SNS Local” teve uma experiência-piloto, implementada nos dois últimos anos no concelho de Loures. A liberdade dada aos munícipes deste concelho para poderem escolher vacinar-se numa farmácia, nas mesmas condições do centro de saúde, aumentou em 33% a imunização contra a gripe da população maior de 65 anos.
«A rede de farmácias garante que as vacinas chegam aos cidadãos mais vulneráveis, em condições de conforto e de segurança, próximo das suas casas», declara Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF.
As farmácias asseguraram o acesso a 500 mil vacinas, para o seu próprio serviço de vacinação, que existe há 12 anos, tendo assim Portugal 2,5 milhões de vacinas disponíveis.