Embora seja uma das principais causas de mortalidade, de morbilidade, de perda de qualidade de vida e de consumo de recursos de saúde a nível global, a pneumonia é particularmente preocupante em Portugal, onde continua a ser a doença respiratória que mais mata.
Dentro dos países da OCDE, Portugal está entre os que apresentam maior taxa de mortalidade por pneumonia. “Os dados mais conhecidos e validados revelam cerca de 80 internamentos e 16 óbitos, por dia”, afirma Filipe Froes, em representação da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. No entanto, “este peso que a pneumonia tem em termos de mortalidade no nosso país pode estar relacionado com a diferente metodologia e valorização das causas de morte”, acrescenta o pneumologista. Por outras palavras, em Portugal a causa da morte pode estar a ser atribuída à pneumonia quando, na base, está uma doença mais grave. Realidade que pode não acontecer noutros países, onde é valorizada como causa de morte a doença de base que se agrava perante um quadro de pneumonia.
“A incidência de pneumonia aumenta com a idade, é mais frequente nos homens, nos fumadores, nos doentes imunocomprometidos e nos portadores de doenças crónicas como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), diabetes, insuficiência renal, cardíaca ou hepática”, descreve o especialista.
Embora tenha uma incidência mais elevada nos períodos mais frios, a pneumonia não é uma doença sazonal, podendo ocorrer em qualquer altura do ano.
Segundo Filipe Froes, prevenir a pneumonia passa por atuar nos fatores de risco associados ao estilo de vida: evitar a ingestão de bebidas Alcoólicas e o consumo de Tabaco, manter as doenças Crónicas controladas, manter uma boa Higiene oral, usar criteriosamente as terapêuticas Imunossupressoras e manter um bom estado Nutricional (ATCHIN) e fazer a vacinação antigripal e contra o pneumococos, que é o principal microrganismo responsável pela pneumonia.
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